segunda-feira, 26 de maio de 2014

GIACOMO FRATUZ E LUCIA POZZAR - DE TERZO D` AQUILEIA ATÉ NÓS.





Em 03 de setembro de 1857 na comune de Terzo D`Aquileia,  Provincia de Udine, Regione Friuli Venezia e Giulia, Italia, nasceu GIACOMO FRATUZ, filho de Giacomo Fratuz e Maria Carlet, conforme Certificato di nascita do Servizio dello Stato Civile da Arquidiocesi di Gorizia, expedido em 03/07/2006.
Em 05 de fevereiro de 1883 contraiu matrimônio na Igreja de S. Martino di Terzo D`Aquileia com LUCIA POZZAR, filha de Valentino e Giacoma Fattor, conforme Extratto Dal Registro Degliu Atti Di Matrimonio expedido pelo mesmo órgão em 25/09/2006.
Após o matrimônio só teremos notícias do casal ao consultar a Lista de Passageiros do Vapor Maria, procedente de Genova, Itália, aportado em Santos em 16 de abril de 1885 e posterior registro da família na Hospedaria dos Imigrantes, que abriga hoje o Memorial do Imigrante, sito à Rua Visconde de Parnaíba, 1316 no Bairro da Mooca em São Paulo, Capital.
No Livro nº 002 da Hospedaria, em página 197, passageiros 15.777, 15.778 e 15779, encontramos Giacomo Fratuz – 27 anos; Lucia – 24 anos e Caterina – 01 ano, tudo isso documentado pela Certidão de Desembarque do Museu da Imigração, datada de 19 de outubro de 2003.
Nesta mesma certidão consta que a família foi encaminhada para São Carlos. Não consta nenhum outro detalhe. Hoje sabemos que São Carlos abrigava muitas fazendas, cidades e “patrimônios” como eram chamados os lugarejos.
Naquele Vapor Maria vieram 993 passageiros etnicamente italianos, que se diziam austríacos por serem da região de Friuli, antes pertencente ao Império Austro-Húngaro que só se definiu italiano comprovadamente, após o término da Primeira Grande Guerra Mundial. Nossos antepassados fugiram com quase nada além das famílias, dos horrores da guerra como o caso de Giacomo, um rapaz de 27 anos, casado com uma moça de 24 anos, um bebê de 01 ano no colo e outro no ventre da esposa. Triste.
Conforme estudo de Juliana Areias publicado em: br.groups.yahoo.com/group/familiatinos em 2005, o destino daqueles imigrantes italianos foi dividido desta maneira:
·         Ribeirão Preto – 224 pessoas
·         São Carlos – 159 pessoas
·         Descalvado – 134 pessoas
·         Corumbataí – 100 pessoas
·         Itaici – 77 pessoas
·         Itu – 63 pessoas
·         Piracicaba – 48 pessoas
·         Amparo – 34 pessoas
·         Cravinhos – 33 pessoas
·         Porto Ferreira – 30 pessoas
·         São Paulo – Capital – 20 pessoas
·         Rio das Pedras – 11 pessoas.

Dessas famílias encaminhadas a São Carlos, listamos as de sobrenomes relacionados conosco:
- Família de GIUSEPPE POZZAR – 10 pessoas
- família de GIACOMO FRATUZ – 03 pessoas
- família de ANTONIO BRUMAT – 05 pessoas

            A partir de então tivemos que nos basear de relatos de descendentes que, pelo menos na infância se relacionaram com nossos bisnonos.
Relatos de Leonice Unger Fratucci e Brasilino Fratucci.
Leonice é filha de João Unger Neto e de Maria Anunciata Floriza Fratuz, que se casaram em Boa Esperança do Sul-SP em 26 de Outubro de 1930, e nasceu em 01 de novembro de 1931 também em Boa Esperança do Sul. João Unger Neto, enteado de Josephina Fratuz, filha de GIACOMO e LUCIA, nasceu em 25 de dezembro de 1911 em Dourado-SP e Floriza em 25/03/1912, na Fazenda Barraca em Boa Esperança do Sul-SP, filha de Giacomo Fratuz Filho, onde se deduz que GIACOMO e LUCIA já lá residiam desde essa época. Lembra que a bisnona Lucia Pozzar, já viúva desde 1929 morava junto da família dela na Fazenda Barraca. Nona Lucia como se referia a ela, faleceu em 1937, quando ela tinha quase 6 anos. De acordo com Certidão do Cartório de Registro de Imóveis da Comarca de Ribeirão Bonito-SP, bisnono Giacomo adquiriu parte da então Fazenda Barraca em 04 de março de 1927 a que deu o nome de Sitio Santa Lucia. Depois desta data, adquiriu mais partes da Fazenda, agregando ao seu sítio. Lembra que ia a cavalo na garupa do pai até Trabiju.
Com a morte da Nona Lucia, foi feita a partilha dos bens e a família de Leonice  foi morar na Fazenda Laranjal de Vicente Campitelli e Luiza Brumatti, entre Pongaí e Uru. Depois foram para a Colonia Cabo Verde, numa Fazenda em Pongaí, de propriedade de Alberto Terenciani, pai de Armando Terenciani, marido da Tia Nazira Fratuz, irmã de sua mãe Floriza e irmã de Lucia Aparecida. Iam a cavalo ou carrocinha até Pongaí e daí pegavam ônibus a gasogênio para Pirajui onde havia médico e hospital. Morou lá até se casar com Brasilino Fratucci em 20 de Outubro de 1951, celebrado em Pongaí, tendo como testemunhas Domingos e Armando Terenciani. Para vir para o interior tinham que vir de ônibus até Garça para então pegar o trem.
João Unger, Floriza e os outros filhos vieram morar em Salmourão-SP onde residiram até seu falecimento. Ele em junho de 1987 e ela em maio de 1992.
Brasilino é filho de Firmino Fratucci e Rosa Brumatti, que nasceram em Ribeirão Bonito, ele em 02 de janeiro de 1889 e ela em 10 de outubro de 1891, o que traz para Ribeirão Bonito em 1889, GIACOMO E LUCIA e FRANCISCO BRUMATTI e LUDOVINA. A Certidão de Casamento de Firmino e Rosa foi lavrada posteriormente ao evento, porém em Ribeirão Bonito-SP em 1936. Brasilino nasceu em 08 de julho de 1927 na Água Sumida e registrado em Pirajuí. Desde muito pequeno moraram perto de Pongaí. Ficaram lá de 04 a 06 anos e após, mudaram-se para Santo Antonio do Uru (Uru de baixo), comarca de Pirajuí na época. Foram formar um sítio para o tio João Campitelli, marido da Tia Mariuta Fratucci, irmã de Firmino. Depois compraram um sítio em Águas do Laranjal.
Saíram de lá quando Brasilino tinha cerca de 18 anos. Mudaram-se para Rolândia-PR onde ficaram cerca de 9 meses. Tinham um empório de secos e molhados. Vieram então para Osvaldo Cruz-SP e compraram outro empório: “Casa Fratucci” por volta de 1947. Em 1948 foram para Sagres-SP plantar lavouras de algodão para a Fazenda Montolar.
Em 1950 foram para Salmourão-SP morar na Fazenda de Bienvenido Dassi Lopes. Seu Benvindo como era chamado, vendeu a fazenda para Benedito de Almeida Prado de Jaú que juntou esta à propriedade de Adriano Munhoz, formando a Fazendas Reunidas Santa Alda. Brasilino foi administrador da fazenda de 1950 a 1952. Foi nesta fazenda que Leonice e Brasilino foram morar quando se casaram em outubro de 1951.
Em 1952 o casal foi morar em Salmourão-SP onde tinham o Bazar Brasil até 1955 e onde nasceram seus 03 filhos: Sirle e os gêmeos Silvio e Sidney. Vieram então para Osvaldo Cruz onde Brasilino trabalhou até 1962 nas Lojas Riachuelo. Por esta época adquiriu um Bar em Junqueirópolis, onde morou por cerca de 08 meses. Voltou e trabalhou em Lojas de tecidos, Pitangui, Buri, até 1969 quando foi para Presidente Prudente, trabalhando nas Lojas Tecidos Feltrin onde se aposentou e reside até a atualidade.
Fermino e Rosa foram para o Paraná onde residiram até falecerem, ele em fevereiro de 1959 e ela em dezembro de 1980 na cidade de Aquidaban, bem próxima a Marialva-PR.

Você visitante que conhece o caminho de seus antepassados, nos conte para que aqui compartilhemos com todos. Mandem por email para sifrat@ hotmail. com ou mesmo pelo facebook: Italianos Fratucci Zampar...
Sirle Fratucci - bisneta de Giacomo e Lucia.
Osvaldo Cruz-SP


Um comentário:

Adriane da Costa disse...

Olá, estive lendo sua história e nela consta um parente da família de meu filho. Bienvenido era tio do sogro da avó do meu filho. Você teria mais informações sobre a família Dassi Lopes?
A avó do meu filho se chama Aparecida Orvate Dasi e o esposo dela já falecido, era Alcides Dasi lopes, filho de Félix Dasi e Apparecida Lopes Dasi.
Qualquer informação que tiver, me ajudará muito em minhas pesquisas!!

Muito grata!!